Com um pequeno 'espirro' na Isalândia, a Natureza bloqueou a Europa, levou o desemprego ao Quénia, parou fábricas no Japão e enriqueceu hoteleiros em Hong Kong.
Islândia, Abril de 2010. Um insignificante vulcão num glaciar de nome impronunciável atira umas cinzas para o ar. Os cientistas dizerm que é coisa pouca. Mas os aviões europeus deixam de poder voar. Sete milhões de pessoas que se preparavam para viajar em trabalhou ou em férias, ou que queriam simplesmente refressar a casa, ficam retidas. Milhares de agricultores, no Quénia, vêem, de repende, a sua sobrevivência em risco. Em Israel, toneladas de flores são destruídos. Barack Obama falha o funeral do Presidente polaco. O cantor Mika cancela o concerto de Lisboa. Mangas e papaiias desaparecem dos supermercados britânicos. A Nissan reduz para metade a sua produção autmóvel no Japão. A equipa do Barcelona é obrigada a fazer uma longa e fatigante viagem de autocarro para jogar com o Inter de Milão, de José Mourinha, para a Liga dos Campeões. E um hotel em Hong Kong triplica o preço dos seus quartos, em poucas goras.
Que raio! Mas o vulcão não era insignificante? Á escala planetária, a erupção do pequeno Eldgos (mais conhecido pelo glaciar que o cobre, o Eyjafjallajökull) é um detalhe; à escala da humanidade, um desastre. O vulcão islandês deixou a descoberto e fragilidade do nosso modo de vida face ao mmais suave estalar de dedos da Natureza. Pelos aeroportos de todo o mundo, milhares de pessoas partilhavam a mesma frustação e incredulidade, subitamente abaladas por uma verdade tão real hoje como há dez mall anos: afinal, o Homem não é Omnipotente. Não há tecnologia que tape o vulcão. Um acto tão simples como viajar, dado por adquirido com a habitual soberba do mundo moderno, é impedido por uma reles nuvem de cinzas. Mais do que isso, a chaminé fumegante às portas da Europa evidenciou as fraquezas de uma sociedade globalizada, interligada e interdependente, em que um elo quebrado na gigantesca correia capitalista provoca o caos - de Pequim a Nova Iorque, de Joanesburgo a Estocolmo. Da mesma forma que o crash dos mercados financeiros o tinha causado. E se uma crise económica é difícil de controlar, uma natural é impossível. Só há uma saída: adaptar-nos. E, humildemente, reconhecer que nunca conseuiremos controlar a Terra.
Fonte: Visão Nº 894
Reflexão: Finalmente um fenómeno que chame a atenção mundial. Vieram sismos e inundaçoes, mas esta pequena erupção causou estragos em todo o lado. Isto demonstra todo o poderio de uma Natureza zangada, que se provocada pode parar o mundo. Já nos foi várias vezes mencionado nas aulas sobre o vulcão Katla, pois a verdade é que depois de uma pesquiza descobri que este vulcão é mais activo e com uma bolsa de magma bem maior. Se entrar em erupção, pode provocar uma nuvem muito mais duradoura. E a verdade, é que o Katla costuma despertar sempre depois deste vulcão.
O Vulcão que parou o Mundo
Publicado Tomás Soares Marcadores: Notícias